5 de fevereiro de 2011

A rede conceptual da acção

O acto voluntário ou acção processa-se em 4 momentos protagonizados pelo agente (que é o sujeito que concretiza a acção): concepção, deliberação, decisão e execução.

1. Concepção
A acção inicia-se no agente e na sua vontade, ou seja, a sua disposição para querer algo. É ela que desencadeia a intenção (querer concretizar a vontade), que, por sua vez obriga à definição de um objectivo (para que se deseja concretizar a vontade?) e de um motivo (porque sentimos esse desejo?). Definimos uma acção como "uma interferência (...) no normal decurso das coisas" e, estando determinado o que esperamos vir a alcançar, resta saber como alcançá-lo.

2. Deliberação
Este é um momento de reflexão, hesitação e ponderação sobre o modo de concretizar a acção. É necessário fazer juízos de valor (reflectir sobre as vantagens) de cada opção e pensar qual será a nossa preferência (juízo de preferência).

3. Decisão
O terceiro instante da acção é a escolha de um modo de procedimento com base na deliberação. É, simultaneamente, uma actividade electiva (pois é escolhida uma hipótese) e inibitória (porque são excluídas todas as outras).

4. Execução
Por fim, o agente executa a acção (do modo escolhido na decisão) seguindo uma ordem racional que o permita alcançar o seu fim (a conclusão) e a sua finalidade (o objectivo).

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