"O determinismo é um princípio segundo a qual todo o fenómeno é condicionado por aqueles que o precedem ou acompanham." Aplicado à acção humana, isto significa que esta doutrina (o determinismo) defende que todos os actos e acções do Homem são influenciados por causas exteriores à vontade — as condicionantes.
O determinismo físico defende que tudo é regido pelas leis físicas.
São privilegiadas as condicionantes físicas (impostas pelas leis que regem o mundo físico), como a gravidade, a impulsão (Lei de Arquimedes), a duração dos dias e dos meses do ano, as marés, etc. A gravidade, por exemplo, é imposta ao Homem, obrigando-o a agir tomando-a em conta (quando atiramos uma bola contando com o efeito da gravidade sobre ela).
O determinismo biológico garante que o comportamento de qualquer ser vivo é determinado pela sua herança genética.
O nosso código genético controla não só a nossa constituição física/aparência como os nossos reflexos/instintos e a nossa personalidade (ver determinismo psicológico). Com efeito, estas condicionantes biológicas modelam o nosso comportamento e pensamento: o número de braços com que nascemos limita-nos os movimentos, o nosso instinto de sobrevivência impele-nos a procurar obter alimento, etc.
O determinismo psicológico aponta para a personalidade como a fonte da motivação humana.
A nossa personalidade (condicionante psicológica) é determinada pelos nossos genes (condicionante biológica) e pela educação que recebemos (condicionante sociocultural) e é o que faz variar os motivos que nos levam à acção (por exemplo: se formos maquiavélicos, teremos motivos maquiavélicos; se formos altruístas, teremos motivos altruístas).
O determinismo sociológico considera o Homem (e, consequentemente, as suas acções) um produto da cultura em que se desenvolve.
A educação que recebemos e o ambiente em que nos encontramos inseridos (e o seu passado histórico, de determina o seu desenvolvimento cultural) são condicionantes socioculturais e têm um grande impacto na nossa forma de pensamento: na verdade, até a linguagem, que nos foi imposta (não inventada por nós), é representativa de uma cultura e, ao usar-se, como veículo de transmissão de ideias, modela-as. A sociedade impele-nos (através da pressão social, sistemas judiciais, etc.), a viver e comportar-nos da forma dita "normal", influenciando, pois, a nossa conduta e assumindo (em conjunto com a nossa educação) um papel fulcral na modelação da nossa personalidade e no desenvolvimento do nosso sistema de valores.
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