"A liberdade designa a autonomia e a autodeterminação de um sujeito racional, qualificando e constituindo a condição de todas as acções voluntárias." O libertismo é, portanto, uma doutrina que anuncia o Homem como um ser livre e cujas acções são fruto da sua vontade (contrariamente ao determinismo, que as declara resultantes da reacção do ser humano às várias condicionantes que restringem a sua liberdade). Contudo, a liberdade só se alcança com acções (do mesmo modo que uma pessoa só é simpática quando exibe essa sua qualidade).
Ter liberdade física significa ter autonomia dos seus movimentos, sem a presença de obstáculos que a limitem.
Este tipo de liberdade está relacionada com a liberdade biológica e com a saúde, pois o doente (tal como o prisioneiro que se encontra limitado pelas paredes da cela) vê os seus movimentos serem restringidos pelas maleitas.
Ter liberdade psicológica é ter liberdade de pensamento.
Está relacionada com a liberdade moral, ou seja, com a capacidade para manter os seus valores e princípios intactos, independentemente da situação. É este o tipo de liberdade exibido por Guido em La vita è bella!, pois, embora esteja preso no campo de concentração, não se deixa coagir pelos soldados, mantendo-se livre de pensamento. O contrário sucede com o seu amigo médico, cuja liberdade psicológica é refém da sua obsessão com adivinhas.
Ter liberdade sociológica é ser livre num sentido social e político. (= não estar preso)
A liberdade é, pois, o reconhecimento das liberdades básicas individuais como direitos juridicamente assistidos.
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