26 de março de 2011

A natureza dos valores

Um dos primeiros problemas que se levanta a respeito dos valores é a sua natureza, isto é, se eles são apenas atributos de um objecto ou se existem para além dele.

A teoria subjectivista declara que são criações do Homem.
Não há, por isso, valores absolutos, pois o conceito e valor atribuído a cada valor é subjectivo, isto é, varia de indivíduo para indivíduo. Esta teoria está de acordo com a máxima "A beleza está nos olhos de quem a vê" e é comprovada pelas definições diferentes que cada cultura tem de valores como "beleza" (para algumas tribos, usar anéis ao pescoço para o alongar é belo, mas para os ocidentais, é atroz) ou justiça (algumas culturas consideram justo que as mulheres não tenham os mesmos direitos que os homens).

A teoria objectivista declara que são entidades independentes dos objectos e do Homem.
O Homem não pode, por isso, criá-los, mas apenas descobri-los. O mais antigo defensor desta posição foi Platão.

A posição intermédia ou conciliadora aponta para uma dupla dimensão.
Os valores são objectivos porque se referem a características que existem em objectos, mas subjectivos porque estes atributos só se tornam valores quando o Homem os valoriza (antes são "valores em potência").

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