11 de fevereiro de 2012

Filosofia, retórica e democracia

Tanto na Grécia Antiga como nas democracias actuais, é garantida aos cidadãos, à nascença, liberdade, tanto física como de opinião e de expressão. Confrontado com diversas situações do quotidiano, o Homem é, pois, levado a reflectir e questionar a validade das convenções e relativos a dimensões da vida humana nas quais não podem enunciar-se proposições universalmente tidas como verdadeiras, problematizando as questões sob ponderação, isto é, filosofando. A pluralidade de soluções plausíveis nestas áreas é, devido ao seu carácter subjectivo, notória e promove, não só a recusa da perpetuação do carácter dogmático ou definitivo das afirmações (isto é, o cultivo de um espírito, apesar de aberto, crítico), como a troca de ideias e argumentos num diálogo e, eventualmente, a procura da persuasão do interlocutor num exercício de retórica, que exigirá uma pesquisa prévia e selecção de argumentos racionais que suportam a tese, dois momentos do método filosófico. Com efeito, numa sociedade democrática, em que a lei (directa ou indirectamente) é ditada pela vontade da maioria, só através da argumentação persuasiva se pode modelar o pensamento dos que nos rodeiam e, desse modo, participar e possuir um impacto significativo na vida comunitária.

[isto é horroroso]

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